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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Evento de Moda Unicamp - Gabriela Coppola
A abordagem da pesquisadora Gabriela Coppola no evento de moda leva em conta a relação com o cinema, deixando claro que hoje estão entrelaçados, contudo nem sempre foi assim. Não há mais como não escolher uma roupa e ser, por meio dela, um personagem. O se apresentar visualmente, tem relação direta com a memória visual que temos no cinema, afirmou.
Cinema e moda são áreas que podem ser vistas isoladamente, mas cada vez mais há engrenagens que as interligam. Ambos produzem memória e dependem de violência, televisão, economia, políticas públicas, publicidade, entre outros aspectos.
Para a pesquisadora, o cinema conta um conto de roupas e conta a moda de diversas maneiras, como filmes sobre moda, que falam sobre o universo da moda, filmes que margeiam o tema da moda, que marcam o universo por meio da experiência de seus personagens e outros filmes não tão relacionados com o campo da moda, mas falam de maneira indireta com o público por meio das composições de roupas, repetições de tendências, entre outros temas.
Até anos 20, as roupas não eram pensadas para seus personagens. No cinema mudo, mais próximos do documentário, construção de figurinos era mais para ilustrar o personagem, era linear, em alguns casos as pessoas levavam as próprias roupas para gravações, como realmente se vestiam.
Quando o cinema passa a ter a lógica comercial, de vender esta imagem e o cinema se aproxima cada vez mais da realidade, passa a ter mais preocupação com figurinos, imagens de como você quer ser, se vestir, o figurino passa a ter mais importância então, na década de 50, a roupa cria narrativas além de expressar o personagem.
“A roupa não é só um cobertor de pele, cria a narrativa dentro da história do personagem e assume um papel, como mostrar sensualidade, inteligência, poder, entre outros detalhes que vão sendo fixados por meio da repetição”, afirma Gabriela. Nos anos 60, as roupas das personagens saem das telas e vão para as propagandas, para as lojas, passam a ser comercializadas.
Na década de 70, há uma mudança radical com a preocupação maior do figurino, ainda linear, mas construindo linguagens inovadoras e marcando as características dos personagens por meio de roupas, cortes, tecidos, entre outros elementos.
Desde esta época e atualmente, os figurinistas passam a ter mais importância na definição das roupas e tecidos e o cinema passa a contar também com a produção de moda e figurinos de grandes estilistas, o que colaborou para grandes releituras de diversas décadas na produção de roupas e acessórios para a composição dos personagens, fazendo com que houvesse cada vez mais a incorporação dos figurinos pelas pessoas, saindo das telas.
No Brasil, a moda está totalmente entrelaçada à televisão, visto que as grandes indústrias do cinema estão atreladas às grandes emissoras do país.
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