Ao ver este vídeo hoje em algumas páginas do Facebook de amigos, lembrei de alguns casos que passei nos quais, assim como na reportagem, o entrevistado me disse que a imprensa atrapalha em sua cobertura, principalmente casos de órgãos públicos. Não posso discordar do desabafo da apresentadora do SBT Brasília diante do que foi dito e principalmente pelo fato de a pessoa simplesmente deixar de assumir a sua culpa e repassá-la para a imprensa.
Divulgação
Todos os anos, no verão, já não é novidade as notícias de alagamentos, tragédias, deslizamentos, mortes, enfim, todo aquele sofrimento do qual alguns fazem uma matéria fiel e outros aproveitam para escancarar e ganhar pontos de audiência. Não há como deixar de lado estas notícias, principalmente quando elas mostram a ingerência do poder público, o privilégio a outras questões como o salário do prefeito, vereadores e ministros e, enquanto isso, trabalhos preventivos que poderiam prevenir as tragédias deixam de ser feitos. Não dá pra aceitar argumentos de prefeitos e governadores de que só podem fazer algo com a liberação de recursos federais, pois quem conhece a realidade local é quem elegemos. Então, por que não evitar invasões de áreas passíveis de alagamento e deslizamentos, programas populares que incentivem a habitação por meio de formação de cooperativas habitacionais, entre outras resoluções? Não se pode ficar na dependência de uma instância superior para se mexer.
O papel da imprensa está em informar tanto as coisas boas que se tem feito como as coisas ruins que acontecem devido ao fato de não se colocar em prática ações prometidas e que evitariam muitas tragédias. Assim como não podemos deixar de correr atrás de denúncias e reclamações que se recebem diariamente do mau funcionamento de órgãos públicos, da falta de reparos em vias públicas, podas de árvores, entre outros problemas, pois desde a faculdade e na vida também, aprendemos que o jornalismo é reportar a realidade, os fatos, o cotidiano, o dia-a-dia, seja ele bom, seja ele ruim. (A não ser que interesses ocultos não nos permitam trabalhar assim dentro de veículos de comunicação, como sabemos que acontece e muito)
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