segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Quem não tem memória, não faz história

O blog, a partir de agora, terá alguns conteúdos escritos por outras pessoas.
Hoje , quem escreverá, será o Anderson Botan, jornalista e que gosta muito de política. Ele será um dos nossos blogueiros e trará conteúdos sobre as questões politicas regionais, nacionais e globais.
Enjoy



Começo este texto com uma pergunta: você ainda se lembra em quem votou nas eleições para prefeito e vereador em 2008? A partir dela, podemos discorrer sobre muitas e muitas questões, mas quero focar somente nos últimos acontecimentos que estamos vivendo em Campinas, especificamente em 2011. Já estamos pela quarta vez sem prefeito, estamos nos principais noticiários do Brasil, somos foco de denúncias sobre corrupção antes nunca vista na cidade, de aumento para o salário de vereadores com discursos ousados e regados a óleo de peroba e, a partir daí, a saúde passou do ruim para o péssimo, a cultura deu seu último suspiro e morreu na cidade e agora, estamos no palco vendo a última gota de sangue de uma luta que já não se sabe quem sai ganhando ou perdendo.

Já não consigo confiar em nenhum candidato desde 2004. Lembro-me das aulas de Educação Moral e Cívica na Escola, das aulas de Teorias Política s da faculdade e tudo o que eu vejo é que meu voto nulo não deixa de ter razão. Porque desta forma, não me sinto culpado por ter colocado para me representar, pessoas que estão somente brincando com o dinheiro dos mais caros impostos que pago todos os anos. Nesta dança das cadeiras, sai Hélio entra Demétrio, sai Demétrio entra Serafim e agora volta o Serafim, percebemos que além dos ritos constitucionais, está por trás de tudo um grande jogo de interesses políticos, de quem antes era amigo e pedia votos juntos e agora se degladia até a morte para estar no poder. Sem contudo pensar que este poder não deveria ser algo para engrandecer a si mesmo e sim para fazer a sua obrigação, que é cuidar da cidade.

Acho que nunca Campinas viveu um ano e um fim de ano tão triste. O apagão que a cidade vive no Natal também chegou à política, porque está difícil confiar em algum partido, em algum candidato, já que somos obrigados a ver vereadores reajustando os salários em 126% com a desculpa de que precisam ter um valor mais atraente no bolso para deixarem de lado os seus outros afazeres. Está difícil confiar em partidos e militantes que brigam pelas redes sociais para defender uma moralidade que já não se sabe se existe. E agora temos que ver a cidade ficar mais um ano, 2012, sendo governada por representantes eleitos indiretamente, pelos vereadores que aumentaram seus próprios salários e ainda riram de nós, os seus eleitores.

Para 2012, espero que a população possa estudar mais, levar a política mais a sério. Vimos muitas claques pró e contra isso ou aquilo, mas será que elas realmente tiveram força de mostrar e ensinar alguma coisa a quem nem se lembra em quem votou anteriormente, a quem pegou um santinho da boca-de-urna na rua e foi lá cumprir a sua obrigação de votar? Campinas e o Brasil ainda estão longe de saber o poder que têm em mãos na hora desta importante decisão. Nunca é tarde para dar o pr imeiro passo. Porque como diz o título deste post, quem não tem memória, não faz história.

Por Anderson Botan

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